Por Que Kruchov Caiu?

Editorial da Revista Hongqi

21 de novembro de 1964


Fonte: A Carta Chinesa, 1ª edição, dezembro de 2003, Núcleo de Estudos do Marxismo-leninismo-maoismo (NEMLM), coleção “Marxismo contra revisionismo”.

Tradução: O NEMLM, responsável pela edição desta obra, traduziu-a da versão em espanhol publicada por Edições do Povo, Pequim.


Kruchov caiu do Poder.

Este arqui-intrigante, o representante número um do revisionismo contemporâneo que usurpou a direção do Partido e do Estado da União Soviética, foi por fim expulso do cenário da história.

Isto constitui uma coisa muito boa, favorável para a causa da revolução dos povos do mundo.

O colapso de Kruchov é uma grande vitória para os marxista-leninistas do mundo em sua persistente luta contra o revisionismo. Marca a bancarrota fracasso do revisionismo contemporâneo.

Por que Kruchov caiu do Poder? Por que não pôde seguir mantendo-se?

Em torno deste problema, se produziram diferentes comentários entre forças políticas de todo o mundo. Os imperialistas, os reacionários e os oportunistas e revisionistas de toda laia, tanto os que simpatizam com Kruchov como aqueles cujos Interesses chocavam com ele, manifestaram tais ou quais pontos de vista sobre a repentina queda deste aparente "poderoso personagem".

Os partidos comunistas e operários de muitos países publicaram igualmente uma série de artigos ou documentos expressando publicamente suas opiniões acerca deste problema. No presente artigo também queríamos nos deter no problema de porque Kruchov caiu do Poder.

Para os marxista-leninistas, o destronamento de Kruchov não foi difícil de compreender mas sim, se pode dizer, estava por completo dentro das expectativas. Faz tempo os marxista-leninistas haviam previsto este desenlace de Kruchov.

Podem enumerar-se centenas ou inclusive milhares de acusações contra Kruchov para explicar as causas de sua queda. Porém, a mais fundamental de todas consiste em que ele atuava contra a lei do desenvolvimento histórico da sociedade apontada pelo marxismo-leninismo e a vontade revolucionária dos povos da União Soviética e do mundo, com a vã intenção de impedir o avanço da história. No caminho do avanço do povo, toda pedra há de ser removida. Queiram ou não Kruchov e seus semelhantes, serão repudiados pelos povos. A queda de Kruchov foi o inevitável resultado da luta persistente do povo soviético e dos povos revolucionários do mundo contra o revisionismo.

Vivemos a época em que o capitalismo e o imperialismo mundiais caminham para sua ruína e o socialismo e o comunismo marcham para a vitória. A missão histórica que a época confere aos povos se baseia em lograr gradualmente, segundo as condições concretas de seus diversos países e com suas próprias mãos, a completa vitória da revolução proletária mundial e estabelecer um mundo novo, um mundo sem imperialismo, capitalismo nem exploração. Esta é a inexorável tendência do desenvolvimento da história e a demanda comum dos povos revolucionários do mundo inteiro. Esta tendência histórica é uma lei objetiva, independente da vontade do homem, e nenhuma força pode resistir a ela. Entretanto, Kruchov, esse palhaço do cenário político contemporâneo decidiu ir contra esta tendência com a vã esperança de fazer retroceder a roda da história para o velho caminho capitalista e assim prolongar a vida das classes exploradoras e do sistema de exploração agonizantes. Kruchov colheu os pontos de vista anti-marxistas de todos os oportunistas e revisionistas da história para misturar toda urna linha revisionista que consiste em "coexistência pacífica", "emulação pacífica", "transição pacífica", "Estado de todo o povo" e "partido de todo o povo". Seguiu uma linha de capitulacionismo a respeito do imperialismo e usou a teoria da conciliação de classes para opor-se à luta revolucionária dos povos e suprimi-la. No movimento comunista internacional, praticou o divisionismo, substituindo o internacionalismo proletário pelo chauvinismo de grande potência. Na União Soviética se esforçou ao máximo por desintegrar a ditadura do proletariado na intenção de substituir o sistema socialista pela ideologia, a política, a economia e a cultura burguesas e assim restaurar o capitalismo.

Nos últimos onze anos, valendo-se do prestígio do Partido Comunista da União Soviética e do primeiro país socialista edificados sob a direção de Lenin e Stalin, e indo contra o verdadeiro desejo do povo soviético, Kruchov fez todos os males que seu poder lhe permitiu. Estes males podem ser resumidos como se segue:

1. Sob pretexto da "luta contra o culto à personalidade", insultou Stalin, líder do Partido Comunista da União Soviética e do povo soviético, com a linguagem mais torpe. Ao opor-se a Stalin, ele se opôs ao marxismo-leninismo. Procurou apagar por decreto todos os grandes êxitos alcançados pelo povo soviético ao longo do período da direção de Stalin, com o fim de denegrir a ditadura do proletariado, o sistema socialista, o grande Partido Comunista da União Soviética, a grande União Soviética e o movimento comunista internacional. Ao proceder assim, Kruchov proporcionou a arma mais suja aos imperialistas e reacionários de todos os países em suas atividades anti-soviéticas e anticomunistas.

2. Em violação aberta das Declarações de 1957 e de 1960, ele procurou a "cooperação geral" com o imperialismo norte-americano, sustentou absurdamente a idéia de que os chefes da União Soviética e dos Estados Unidos podiam decidir "o destino da humanidade", e elogiou constantemente os cabecilhas do imperialismo norte-americano qualificando-os de "sinceramente interessados na conservação da paz". Em um momento praticou uma política aventureirista, ao levar mísseis para Cuba e em outro seguiu uma política capitulacionista, ao retirar de Cuba os mísseis e aviões bombardeiros acatando docilmente a ordem dos piratas norte-americanos. Aceitou a inspeção dos barcos soviéticos pela frota norte-americana e inclusive tratou de vender a soberania de Cuba pelas costas do Governo cubano, ao convir que as Nações Unidas controladas pelos EUA exercessem a "inspeção" no território de Cuba. Com estas ações, Kruchov cobriu o grande povo soviético de um opróbrio desconhecido durante os mais de quarenta anos transcorridos desde a Revolução de Outubro.

3. Para servir às necessidades do imperialismo norte-americano de aplicar sua política de chantagem nuclear e impedir a China socialista de estabelecer sua própria força nuclear de auto-defesa, não se deteve em prejudicar a capacidade defensiva da própria União Soviética e em confabulação com os EUA e a Grã Bretanha, dois países imperialistas, concluiu o chamado "Tratado de cessar parcial das provas nucleares". Os fatos demonstraram que este tratado é uma grande fraude. Ao assiná-lo, Kruchov tratou avessamente de vender os interesses do povo soviético, dos povos dos países socialistas e de todos os povos amantes da paz.

4. Em nome da assim chamada "transição pacífica", fez todo o possível para estorvar os movimentos revolucionários dos povos dos países capitalistas, exigindo-lhes seguir o "caminho parlamentar" legal. Esta linha errada, que paralisa a vontade revolucionária do proletariado e desarma ideologicamente os povos revolucionários, ocasionou sérios reveses à causa revolucionária de diversos países. Fez degenerar os Partidos Comunistas e Operários de alguns países capitalistas em inertes partidos social-democratas de novo tipo, em dóceis instrumentos da burguesia.

5. Por trás da cortina de fumaça da "coexistência pacífica", fez todo o possível para opor-se ao movimento de libertação nacional e sabotá-lo, e chegou inclusive a colaborar com o imperialismo norte-americanô na repressão à luta revolucionária das nações oprimidas. Instruiu ao delegado soviético frente às Nações Unidas a votar a favor do envio de tropas agressoras para ajudar o imperialismo norte-americano em sua repressão ao povo congolês e facilitou meios de transportes soviéticos para transportar as chamadas "tropas das Nações Unidas" ao Congo; se opôs nos fatos à luta revolucionária do povo argelino, afirmando que a luta do povo argelino pela libertação nacional era um "assunto interno" da França; frente ao incidente do Golfo de Bac Bo, fabricado no Vietnã pelo imperialismo norte-americano, e fez de tudo tratando de livrar os provocadores norte-americanos de seus apuros e de desculpar estes piratas agressores.

6. Em aberta violação da Declaração de 1960, não poupou nenhum esforço para revogar o veredicto já pronunciado contra a camarilha do renegado Tito, qualificando a este degenerado já lacaio do imperialismo norte-americano, de "marxista-leninista", e a Iugoslávia que degenerou em país capitalista, de "país socialista". Declarou em mais de uma ocasião que ele e a camarilha de Tito "compartilham uma mesma ideologia e se guiam por uma mesma teoria" e expressou seu desejo de aprender modestamente deste renegado que trai os interesses do povo iugoslavo e mina o movimento comunista internacional.

7. Considerou a Albânia, país socialista irmão, como um inimigo mortal e fez o quanto pôde para golpeá-la e sabotá-la, ansiando devorá-la de uma só dentada. Rompeu descaradamente todas as relações econômicas e diplomáticas com a Albânia, privou-a arbitrariamente de seus legítimos direitos como país membro da Organização do Tratado de Varsóvia e do Conselho de Ajuda Mútua Econômica e conclamou publicamente a derrubar a direção do Partido e do Estado da Albânia.

8. Mostrou extremo ódio para com o Partido Comunista da China que persiste no marxismo-leninismo e numa linha revolucionária, porque este constituía um grande obstáculo para a promoção de seu revisionismo e capitulacionismo. Divulgou a seu gosto falsos rumores e calúnias contra o Partido Comunista da China e o camarada Mao Tsetung e recorreu a meios covardes e vis no vão intento de subverter a China socialista. Rompeu perfidamente centenas de convênios e contratos, retirou por decisão unilateral mais de mil especialistas soviéticos. Provocou conflitos nas fronteiras entre a China e a União Soviética e realizou na região de Sinchiang amplas atividades de subversão. Apoiou ademais os reacionários hindus a desencadear ataques armados contra a China socialista e, em consonância com os Estados Unidos, os instigou e ajudou com sua assistência militar a realizar provocações militares contra a China.

9. Transgredindo descaradamente as normas que regem as relações entre os países irmãos, violou a independência e a soberania dos países irmãos e interveio como quis em seus assuntos internos. Em nome da "ajuda econômica mútua", se opôs a que os países irmãos desenvolvessem sua economia sobre uma base independente e tentou obrigá-los a converter-se em fontes de matérias primas e em mercados de venda, transformando as indústrias dos países irmãos em subsidiárias. Se vangloriava destas práticas e as apresentava como teorias e doutrinas de sua invenção. Porém na realidade não fez mais que transportar a lei da selva do mundo capitalista para as relações entre os países socialistas, tomando como modelo o "Mercado Comum" dos blocos monopolistas.

10. Em violação completa das normas que regem as relações entre os partidos irmãos e recorrendo a toda sorte de intrigas, realizou sem escrúpulo algumas atividades subversivas e sabotadoras contra os partidos irmãos. Não só nas sessões do Comitê Central e nos Congressos do Partido de seu próprio país assim como nos Congressos de alguns Partidos irmãos desatou amplos e desenfreados ataques contra os Partidos irmãos que persistem no marxismo-leninismo, como no seio de muitos partidos irmãos, subornou abertamente aos degenerados, renegados e traidores para que apoiassem sua linha revisionista, atacaram os militantes marxista-leninistas e inclusive os expulsaram ilegalmente. Desta maneira criou a cisão sem preocupar-se com as conseqüências.

11. Violando o princípio de chegar à unanimidade mediante consultas entre os Partidos irmãos e considerando a seu Partido como partido pai, decidiu arbitrariamente convocar uma conferência internacional ilegal dos Partidos irmãos. Em sua carta circular de 30 de julho de 1964, mandou reunir-se em 15 de dezembro do ano em curso a chamada Comissão de Redação dos 26 Partidos para dividir abertamente o movimento comunista internacional.

12. Para satisfazer as necessidades dos imperialistas e das forças capitalistas no país, aplicou uma série de medidas políticas revisionistas com o fim de retornar ao capitalismo. Sob a capa do chamado "Estado de todo o povo", aboliu a ditadura do proletariado; sob a consigna do "partido de todo o povo", alterou o caráter proletário do Partido Comunista da União Soviética. Em violação dos princípios marxista-leninistas que regem a construção do Partido, dividiu as organizações do Partido em "industriais" e "agrícolas". Sob a bandeira da "edificação do comunismo em todas as frentes", tentou por todos os meios fazer retroceder o primeiro Estado socialista do mundo criado às custas de sangue e suor do povo soviético sob a direção de Lenin e Stalin ao caminho velho do capitalismo. Dirigia irresponsavelmente a agricultura e a indústria da União Soviética, ocasionando sérios danos a sua economia nacional e trazendo enormes dificuldades para a vida do povo soviético.

Tudo o que Kruchov fez nos onze anos transcorridos, demonstra que a política seguida por ele foi de aliança com o imperialismo contra o socialismo, de aliança com os EUA contra a China, de aliança com os reacionários dos diversos países contra os movimentos de libertação nacional e as revoluções dos diversos povos, de aliança com a camarilha de Tito e os renegados de toda laia contra todos os Partidos irmãos marxista-leninistas e todos os revolucionários que lutam contra o imperialismo. Toda esta política de Kruchov prejudicou os interesses básicos do povo soviético, dos povos do campo socialista e dos povos revolucionários de todo o mundo.

Tais são os "atos meritórios" de Kruchov.

A queda de uma pessoa como Kruchov, de nenhuma maneira se deve à idade avançada nem à deterioração da saúde nem tampouco a meros erros em seus métodos de trabalho e em seu estilo de direção. Sua queda foi, basicamente, o resultado da linha geral revisionista e de toda a série de medidas políticas erradas que seguiu tanto no interior como no exterior.

Kruchov não via nem por um assomo a importância das massas populares; acreditava que ele podia determinar a seu gosto o destino do povo soviético e que os "chefes" das duas potências, a União Soviética e os EUA podiam decidir à vontade o destino de todos os povos. A seus olhos, as massas populares eram tontas e só ele era o "herói" que fazia a história. Tentou forçar o povo soviético e os povos de outros países a prostrar-se frente a seu bastão de mando revisionista. Desta maneira, se colocou numa posição hostil ao povo soviético, aos povos dos países do campo socialista e ao proletariado e aos povos revolucionários do mundo inteiro; metido num beco sem saída e incapaz de escapulir, das dificuldades internas e externas, foi abandonado pelas massas e inclusive seus partidários. Ele mesmo colocou a corda no pescoço, em outras palavras, cavou sua própria sepultura.

A história conheceu muitos bufões que acariciavam a fútil esperança de alterar a corrente da história, porém todos, sem exceção, terminaram no mais rotundo dos fracassos. Inumeráveis fatos demonstram que todo malfeitor que se pôs contra as exigências históricas do desenvolvimento social e a vontade do povo, só logrou converter-se, ao final, numa pessoa ridícula e sem valor, não importa que tipo de "herói" tenha sido nem quão arrogante se tenha mostrado. Começar com o propósito de fazer danos a outros só para terminar arruinando a si mesmo — tal é a lei comum de seu destino. "Personagens" como Bakunin e seus semelhantes no período da Primeira Internacional foram por um tempo arrogantes "heróis" anti-marxistas. Entretanto, não transcorreu muito tempo antes de que todos eles fossem lançados à lata de lixo da história. Os "heróis" anti-marxistas como Bernstein e Kautsky no período da Segunda Internacional que por um tempo foram "gigantes formidáveis" entrincheirados nas posições dirigentes internacionais terminaram por passar à história como renegados de triste recordação. Depois da morte de Lenin, Trotsky, cabecilha da fração oposicionista se disfarçou em "herói", porém os fatos confirmaram a justeza da observação de Stalin: "... parece mais a um ator que um herói, e nunca se deve confundir um ator com um herói".

"O progresso é a lei eterna do mundo humano." A história nos ensinou que quem de maneira vã trate de impedir o avanço da roda da história será feito em pedaços. Como o camarada Mao Tsetung apontou repetidas vezes, o imperialismo e todos os reacionários são tigres de papel, e o são também os revisionistas. Os "heróis" que representam as classes e as 'forças reacionárias, ainda que se mostrem ameaçadores, fanfarronando como se não tivessem rival no mundo, são na realidade tigres de papel, fortes somente na aparência; não são mais que visitantes fugazes na história. Pouco tardam em ser afundados pelas grandes ondas da história. Kruchov não foi uma exceção. Recordemos quão arrogante Kruchov se mostrou quando atacou com toda violência a Stalin e ao marxismo-leninismo nos XX e XXII Congressos do PCUS, e quando lançou na Conferência de Bucareste um ataque surpresa contra o Partido Comunista da China que insiste no marxismo-leninismo. Porém não passou muito tempo antes de que este "herói" anti-soviético, anticomunista e anti-chinês tivesse a mesma sorte que seus antepassados revisionista. Fazendo caso omisso de todos os conselhos que lhe foram dados para que voltasse ao caminho correto, se meteu finalmente num beco sem saída.

Kruchov caiu e com isso também entrou em bancarrota toda a linha revisionista que promovia com grande empenho, enquanto que o marxismo-leninismo continuará vencendo à corrente ideológica revisionista e marchará adiante. O movimento revolucionário de todos os povos também seguirá varrendo os obstáculos que encontre em seu caminho e seguirá avançando.

Sem dúvida, o caminho da história segue sendo tortuoso. Ainda que Kruchov tenha caído, seus sustentadores, o imperialismo ianque, os reacionários de distintos países e os revisionistas contemporâneos não se dão por vencidos. Estes ogros ainda rezam para invocar a alma de Kruchov, propagam por todas as partes as "contribuições" e "méritos" de Kruchov, com a esperança de que as coisas se desenvolvam segundo a linha estabelecida por ele para que prevaleça o "kruchovismo sem Kruchov". Pode-se afirmar que esse é um caminho intransitável.

Diferentes correntes ideológicas e seus representantes tratam sempre de subir ao palco e apresentar seu número. Cada qual pode escolher com toda liberdade que caminho seguir. Porém, há uma coisa da qual estamos profundamente convencidos: a história avançará de acordo com as leis descobertas pelo marxismo-leninismo, avançará pelo caminho da Revolução de Outubro. O grande Partido Comunista da União Soviética e o grande povo soviético, com suas tradições revolucionárias, são plenamente capazes de dar novas contribuições para a defesa das grandes conquistas do socialismo, do alto prestígio da primeira potência socialista criada por Lenin, da pureza do marxismo-leninismo e do vitorioso desenvolvimento da causa revolucionária do proletariado.

Que o movimento comunista internacional se una sobre a base do marxismo-leninismo e do internacionalismo proletário!

 


Inclusão: 29/05/2023