(1908-1915): foi a primeira central sindical do Brasil, fundada sob as bases de acordo do Primeiro Congresso Operário Brasileiro de 1906. Através de seu jornal, A Voz do Trabalhador, permitiu uma certa coordenação e troca de informações no interior do movimento operário brasileiro em nível nacional. A COB era formada por federações nacionais de indústria ou de ofício, uniões locais ou estaduais de sindicatos, sindicatos isolados em locais onde não existiam federações ou de indústrias e ofícios não federados. Durante os primeiros anos de existência, a COB reuniu cerca de 50 sindicatos, sobretudo os organizados na Federação Operária do Rio de Janeiro (FORJ), na Federação Operária de São Paulo (FOSP) e na Federação Operária do Rio Grande do Sul (FORGS), principais bases de sustentação da confederação, e também aqueles organizados na Federação Socialista Baiana (FSB), na Federação Operária Local de Santos (FOLS), entre outras. Os membros da COB consideravam que ela deveria defender as aspirações fundamentais da classe operária, sem distinção de escola e de partido, de modo que qualquer membro de uma organização, fosse ela social-democrata, socialista, anarquista ou de outra tendência, pudesse aceitá-la inteiramente. Julgava-se, pois, que a condição para o sucesso do sindicato estava na sua autonomia, que garantiria a supressão dos conflitos entre as diferentes tendências políticas presentes entre os trabalhadores.