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Mao Tse-Tung Secretário Geral do Partido Comunista Chinês |
Para aqueles que têm olhos para ver, a Doutrina de Truman deu seu mais forte golpe na China mesmo antes de ser formalmente anunciada no mês de março deste ano. Para milhões de chineses aos quais uma guerra civil tem sido imposta, o nome pelo qual a política americana é conhecida tem pouca importância. Seja qual for o seu nome, o que importa aos chineses são as balas americanas que os derrubam — balas atiradas por metralhadoras americanas, apontadas por soldados do Kuomintang, treinados por oficiais americanos.
A muitos americanos falta ver a estreita relação entre os acontecimentos da China (e das Filipinas, da Coreia e também do Japão) e o que a Doutrina de Truman procura impôr aos povos da Europa. Não viram também, como uma sequência ininterrupta de fatos a intervenção direta na Grécia e na Turquia. Há uma tendência a olhar a Doutrina de Truman como uma nova política em vez de ser considerada, de fato, como uma outra fase de uma velha política. Há um infeliz hábito político de colocar as ações de Washington no Extremo Oriente num compartimento separado das atividades de Washington na Europa. Por isso não é inteiramente compreendido que o povo de um dos maiores países do mundo se levanta contra a Doutrina de Truman e a reduz em pedaços mesmo antes do imperialismo dos EE. UU, ter tomado um nome imaginoso.
Os acontecimentos decisivos na China, desde há algum tempo, tem sido militares. As grandes massas da China não preferiram esse caminho; nem os comunistas chineses, que têm a liderança democrática — revolucionária do país. Nem também a Liga Democrática, os intelectuais e estudantes chineses, os pequenos comerciantes e camponeses escolheram, como uma solução, a guerra civil. Esta escolha lhes foi imposta por Chiang-Kai-Shek e sua ditadura do Kuomintang. E Chiang-Kai-Shek pôde fazer tal escolha somente porque teve um substancial apoio militar de Washington, bem como uma ilimitada ajuda política e uma confiante pretensão de maior ajuda americana para o futuro.
Os dados foram lançados em favor de uma guerra de extermínio contra os elementos democráticos da China (sob a aparência, naturalmente, de anticomunismo) imediatamente depois do Dia V-J (vitória sobre o Japão). A campanha militar de Chiang-Kai-Shek nos fins de 1945 foi inspirada pelo incendiário embaixador da América, Patrick J. Hurley. Foi o rastilho. Chiang-Kai-Shek não ganhou nada e perdeu, além do prestígio, várias divisões. O embaixador Hurley foi substituído pelo general Marshall, que chegou com uma pomba de paz pousada no ombro e, nos bolsos, o "lend lease" (empréstimos e arrendamentos), abastecimentos militares, instrutores e créditos. O general Marshall deu uma grande ajuda à necessidade desesperada de Chiang-Kai-Shek de tomar um fôlego para reorganizar e reequipar suas tropas. Como árbitro da guerra civil ainda não declarada na China, Marshall atribuiu o insucesso aós comunistas e habilmente colocou os exércitos de Chiang-Kai-Shek em condições de reorganizar a luta. O general americano cercou-se de tal aura de santidade que suas decisões não podiam ser mais discutidos na China.
O Kuomintang ganhou terreno durante este período. Tinha o ativo apoio de cerca de 70 mil marinheiros dos EE. UU., 1.500 instrutores militares americanos, uma frota naval ianque, algumas centenas de aviões americanos, transportes e aviões de reconhecimento e 4 bilhões de dólares de equipamento militares e de transportes. Mas, enquanto Chiang-Kai-Shek ganhou proveitos, saiu-se mal quanto a exterminar a oposição democrática. Ele nem mesmo atingiu-a seriamente. Pelo contrário, a democracia chinesa surgiu mais forte do que antes. A intervenção americana solidificou a oposição ao Kuomintang.
Os conselheiros americanos de Chiang-Kai-Shek (dos quais ele era virtualmente um fantoche) aconselharam uma longa trégua. Os instrutores militares americanos não tinham terminado a tarefa de treinar as divisões do Kuomintang; os equipamentos americanos não tinham sido inteiramente entregues ou distribuídos; havia ainda os 71 navios de guerra americanos para entregar ao Kuomintang e o problema do treinamento de tripulações chinesas para dirigi-los. Além disso, não tinham sido completados os preparativos de transferir a proteção das linhas de comunicação do norte dos marinheiros dos EE. UU., cuja pressa de voltar ao lar forçou a administração Truman a retirá-los gradualmente. Chiang-Kai-Shek foi aconselhado pelos americanos a botar a máscara por poucos meses mais, "ampliando" seu governo com a inclusão de "liberais". Isto permitiria a Washington continuar o fluxo de empréstimos e armas e também serviria para confundir e dividir os elementos democráticos da China. Poderia mesmo unir a nação contra os comunistas! Assim pensaram os emissários americanos e assim aconselharam.
Mas eles subestimaram grandemente a fôrça da democracia chinesa e particularmente dos comunistas chineses e dos exércitos que eles dirigem. Os diplomatas americanos pensaram que os intelectuais chineses da Liga Democrática também cairiam nisso. Mas eles não o fizeram. Em segundo lugar, os "liberais" que os americanos tinham escolhido a dedo — homens como o atual Primeiro Ministro, Chang-Chun — não ficariam atrás dos mais "fanáticos" do bando do Kuomintang. Os americanos não viam que tais indivíduos eram simplesmente a outra face da mesma moeda reacionária. Não se acaba com a onda de crimes em Chicago colocando a quadrilha de Dillinger na gangue de Al Capone.
Finalmente, os americanos deixaram de levar em conta a estreiteza da posição política de Chiang-Kai-Shek. Isto impele inevitavelmente a propôr-se concessões à oposição, concessões reais. E, para uma ditadura, concessões, são riscos muitos perigosos. O grupo de Chiang-Kai-Shek traçou seu caminho: exterminar a oposição por meio de uma guerra civil. Não há retorno desse caminho a não ser a derrota.
Por estas razões a solução para a China está sendo procurado antes nos campos de batalha do que nas camadas legislativas. E é no campo de batalha que importantes acontecimentos têm ocorrido contra a reação — americana e chinesa.
A estrategia militar de Chiang-Kai-Shek compreendeu 3 frases. A primeira foi a ocupação dos centros estratégicos. A segunda foi ligar estes pontos pela posse das linhas interpostas de comunicação. O terceiro e último passo no plano foi cortar as áreas controladas pelos comunistas em pequenos bolsões e então exterminá-los numa campanha final de varredura.
A primeira fase foi realizada com a assistência direta do imperialismo americano. A repercussão desta assistência foi muito má, tanto na China como nos Estados Unidos. Por isso foi necessário para o Kuomintang trabalhar em sua segunda fase sem o mesmo tipo de assistência militar aberta dos Estados Unidos. O fracasso desta segunda fase, de qualquer modo, foi devido primeiramente à eficaz contra-estratégia empregada contra o Kuomintang pelos comunistas chineses.
A estrategia dos exército dirigidos pelos comunistas foi baseada, como é natural, numa política de recusar a render-se frente à reação de Chiang-Kai-Shek e por isso tinha em vista, em termos militares esmagar a ofensiva de Chiang-Kai-Shek. Para conseguir isto, a estrategia comunistas foi destinada a atrair as tropas do Kuomintang para dentro de seu próprio território. Assim as formações dirigidas pelos comunistas lutariam em território amigo, enquanto que as tropas de Chiang-Kai-Shek lutavam em território hostil. Esta estrategia, cujo êxito foi comprovado, facilitou para as fôrças dirigidas pelos comunistas os Problemas de informações e suprimentos, e ao mesmo tempo agravou estes problemas para o inimigo. Isso causava também um efeito desagregador no moral combatente das tropas de Chiang-Kai-Shek.
Para resolver o problema da superioridade de fôrças de Chiang-Kai-Shek em número e poder de fogo, a estratégia comunista estabeleceu evitar os ataques frontais, as batalhas fixas ou a defesa das grandes cidades. Os exércitos dirigidos pelos comunistas, em vez disso atacavam as tropas do Kuomintang quando elas se aproximavam dos centros principais, liquidando o que podiam e em seguida retirando-se e deixando o inimigo ocupar a cidade. A ocupação e administração destes grandes centros custaram ao Kuomintang uma porção substancial de seus efetivos. Como resultado disso, a absoluta superioridade numérica de Chiang reduziu-se a uma relativa inferioridade para fins de combate.
O problema do poder de fogo foi resolvido de maneira semelhante. Os comunistas sabem por experiência que os exércitos semifeudais do Kuomintang não podem resolver os problemas de administração e suprimentos, que a corrupção destrói a coragem das tropas, que a falta de convicções torna-as hesitantes no combate. Os comunistas, treinados na tática das guerrilhas, cortam as linhas de comunicação do Kuomintang e destroem ou capturam seus comboios de abastecimentos. Se o Kuomintang coloca três exércitos em uma certa área, os comunistas cuidadosamente enfrentam somente um exército de cada vez; e se este for derrotado, os outros dois estarão em pedaços. Chiang-Kai-Shek, lutando para reimplantar o feudalismo na China, está envolvido numa desesperada contradição no campo de luta. O analfabetismo, a ignorância e a miséria que ele impõe não se coadunam com os instrumentos modernos e a técnica militar.
Os comunistas têm tido diversas vantagens em duas esferas do esforço de guerra: reforços e recrutamento. No sentido de conseguir suficiente recrutamento, Chiang-Kai-Shek foi forçado a reintroduzir o odiado sistema de conscrição. Seus novos recrutas não querem deixar a terra, não têm entusiasmo pela guerra civil. Por que chineses atirarem em chineses? Consequentemente, seu moral combatente é baixo. Além disso, o processo de esgotar o interior do país de seu potencial humano cria novos problemas para o Kuomintang. O já ineficiente sistema de produção agrícola é ainda mais prejudicado pela falta de homens para cultivar o solo e produzir os suprimentos alimentares — baixos, mesmo em circunstâncias normais.
O Kuomintang defronta-se com uma outra contradição no seu obsoleto sistema econômico. Para sustentar exércitos enormes no campo, ele teve de restabelecer a tributação em espécie. Este gesto agravou o descontentamento dos camponeses; os pequenos proprietários rurais revoltam-se, e estas revoltas solapam o moral de seus filhos e irmãos que estão no exército do Kuomintang. Problemas como esse entretanto, não são enfrentados pelos comunistas, que lutam numa guerra patriótica para defender a nova democracia que eles conquistaram contra a reação feudal, e que vivem e lutam no meio de populações ansiosas por auxiliá-los.
Desde julho de 1946 os comunistas liquidaram 800 mil homens das tropas de Chiang-Kai-Shek. Mesmo antes de janeiro deste ano eles tinham capturado do Kuomintang equipamento bastante para armar 150 mil homens de suas próprias tropas. De julho a novembro de 1946 o Kuomintang esteve na ofensiva. Neste período, os comunistas eliminaram 39 divisões nacionalistas. O preço foi a perda de algumas grandes cidades. Os meses de novembro e dezembro de 1946 assinalam um período de trégua durante o qual Chiang-Kai-Shek reequipou e reagrupou suas fôrças. Havia já uma sensível diferença dos seis meses anteriores. Mas, no fim do ano passado, Chiang-Kai-Shek não era mais capaz de planejar uma ofensiva geral, total, e teve de limitar-se a planejar uma ação ofensiva em um único setor. Os comunistas não ficaram inativos nem durante este período; trataram de eliminar outras 10 divisões do Kuomintang.
A nova ofensiva de Chiang-Kai-Shek começou em janeiro de 1946 em Shantung — a península que se estende para leste, através do Mar Amarelo e para a Coreia, Dairem e Porto Artur na extremidade sul da Mandchúria. Em Shantung, acha-se o grande porto marítimo de Tsingtao, onde a Marinha dos EE. UU. está construindo uma base naval para o Kuomintang. A nova ofensiva começou bem para Chiang-Kai-Shek e seus partidários americanos, com a captura do centro comunista de Sini. Mas a vitória foi fugaz e custosa. Somente numa batalha central em Shantung, os comunistas capturaram dezessete generais de Chiang-Kai-Shek e mais oito divisões. Em seguida, os comunistas atacaram pela retaguarda e capturaram a cidade fortemente defendida de Taian. Ainda hoje a batalha pela posse de Shantung permanece indecisa. O Kuomintang, e este é uma fato significativo, depois de tantos meses após o desencadeamento de sua ofensiva concentrada, tem ainda este objetivo a alcançar.
Como um fato positivo, mesmo em Shantung o tempo começou a mudar. Os leitores podem reter os últimos despachos de algumas semanas atrás, os quais relatam que os aviões do Kuomintang bombardearam suas próprias tropas. E não foi só isto. Os comunistas destroçaram a 74.ª divisão de Chiang-Kai-Shek. O erro do bombardeio foi uma camuflagem do Kuomintang para esconder a derrota.
Os comunistas calculam que as dezoito divisões utilizadas por Chiang-Kai-Shek para capturar Yenan (que caiu em 19 de março) eram as únicas restantes com que ele podia contar para movimentar-se de uma área a outra. Com esta vitória de Pirro ele lançou a última grande cartada com as fôrças que podia arriscar. Desde então, a cada iniciativa das tropas do Kuomintang, em qualquer parte da China, tem correspondido um imediato ataque pelos comunistas contra o ponto enfraquecido.
Desde antes do inverno, parecia que a guerra de extermínio não estava se desenvolvendo de acordo com o plano. O Kuomintang proclamou, de modo fanfarrão, que a tarefa de extermínio seria realizada em três meses. Os resultados têm sido, pelo contrário, uma redução substancial nos efetivos do Kuomintang, um rebaixamento do seu moral, uma significativa redução na capacidade de manobrar de Chiang-Kai-Shek e, o mais importante de tudo, perda da iniciativa militar. Os próprios reacionários dificilmente podiam deixar de anunciar que, logo depois da captura de Yenan, com pequenas perdas militares para os comunistas, estes atacaram pela retaguarda e varreram 4 das divisões de Chiang-Kai-Shek que se achavam nas vizinhanças, inclusive a tão falada 135.ª divisão.
Atualmente há sete frentes de guerra em atividade: Norte de Shensi e Shansi (no noroeste), norte de Honan, Hopei, Shantung (ao norte), e a Grande Muralha na Mandchúria (ao nordeste). Em todos estes sete teatros de guerra as fôrças dirigidas pelos comunistas estão hoje realizando ofensivas. É no campo de batalha que a chave das decisões sobre a China está sendo disputada. E recordem, também, que na China ainda está sendo tomada uma decisão sobre a Doutrina de Truman.
Os americanos que se opõem à política de Truman—Hoover—Vandemberg têm, portanto, um grande apoio nos atuais acontecimentos da China. Não há talvez fôrça na Ásia, na Europa Ocidental ou no Oriente Próximo, onde a Doutrina de Truman está se esforçando por impor-se, que esteja lutando tão duramente ou tão efetivamente quanto a dos democratas chineses. Já é bem tempo para que os progressistas americanos deem uma contribuição mais substancial e significativa à luta decisiva dos seus aliados na China.
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A Grande Conspiração
Acaba de ser lançada pela Editora Brasiliense, de São Paulo, a edição brasileira de “A Grande Conspiração”, de Michael Sayers e Albert E. Kahn. Dois honestos jornalistas americanos resolveram coligir dados, documentos, memórias, consultar bibliotecas, coleções de jornais, dossiers oficiais e particulares, etc., e através de um excelente e verídico material bibliográfico, de entrevistas e depoimentos, souberam restabelecer a verdade sobre a conduta dos países capitalistas diante da URSS desde a Revolução de Outubro até os nossos dias. Essa conduta está ligada a todos os acontecimentos que determinaram a formação do fascismo e o desencadeamento da segunda guerra mundial.
Em seu livro, M. Sayers e A. Kahn contam como os grupos da reação imperialista lançaram as bases do cerco em torno da URSS e desenvolveram uma criminosa atividade, sem precedentes na historia, para destruir a jovem república soviética, pelo menos separá-la do mundo através de um muro de calúnias e infâmias. A evidência dos fatos em “A Grande Conspiração”, leva o leitor a ter conclusões positivas e daí em diante inabaláveis acerca do que significou a luta do grande povo soviético para defender-se das hordas da Contrarrevolução financiada pelo capital imperialista, da aberta intervenção estrangeira, da espionagem, da quinta coluna, de todas as campanhas movidas pela alta finança internacional contra o socialismo. Essa luta é também a luta em defesa da paz, da democracia e do progresso, contra a qual se lançaram, furiosamente, todas as fôrças do imperialismo. À luz dos documentos contidos no livro, da lúcida exposição dos fatos, do depoimento dos próprios espiões e sabotadores, dos agentes do imperialismo, vemos o que significa para a humanidade o anti-sovietismo, esse ódio sistemático e zoológico à URSS forjado pela reação e que tantos obstáculos vem causando à cooperação entre os países para uma pau efetiva e para a democracia. O livro não foi escrito para fazer a apologia do comunismo ou da URSS. Seus autores limitam-se a projetar a verdade tal qual é vista através da imensa e autêntica documentação nele indicado, de maneira coordenada e rigorosa. Por isso, por ser um livro profundamente verdadeiro é que deve ser divulgado amplamente como uma obra informativa de primeira ordem, rica de ensinamentos e de leitura fácil e atraente. “A Grande Conspiração” se coloca entre as mais valiosas e permanentes contribuição feitas até hoje em favor do entendimento entre a URSS e os Estados Unidos, por uma melhor compreensão da obra do socialismo, e de que é possível e indispensável a cooperação entre a União Soviética e as nações capitalistas para a segurança coletiva e o fortalecimento, em suma, das condições para uma época de bem estar e progresso para todos os povos.
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A Data da Independência
Ao celebrarmos a data nacional de 7 de setembro, todos os democratas e patriotas brasileiros não o fazem de maneira formal ou decorativa. Sabemos que a nossa independência política não foi ainda consolidada porque o nosso pais se encontra sob a dependência econômica dos grandes trustes e monopólios estrangeiros que aqui se apoiam nos restos feudais de nossa economia, base da reação e da manutenção dos grupos fascistas, causa fundamental do nosso atraso, da instabilidade do nosso regime republicano, da grande miséria que domina o país. Hoje mais do que nunca estamos ameaçados por uma maior ofensiva do imperialismo que pretende colonizar o Brasil e arrastar o nosso povo a uma negra escravidão sob a tirania e o terror de um grupelho fascista.
O principal dever de todo patriota, nesta hora grave, é lutar pela união nacional em defesa da democracia, ligando as nossas lutas atuais às que vieram sendo travadas pelos patriotas da Independência, da Abolição e da República a partir do século dezoito. Continuando essas jornadas, estamos hoje lutando pela unidade do povo brasileiro, pela defesa da Constituição de 18 de setembro que garante os direitos fundamentais do cidadão, pela reforma agrária, contra a entrega do nosso petróleo e demais fontes de matérias primas aos trustes e monopólios ianques, pela revisão dos contratos de empresas estrangeiras lesivos aos interesses de nosso povo e que atentam contra a soberania nacional, enfim, a luta, na prática, pela completa independência de nossa Pátria.
À frente desta luta patriótica que se agiganta com a crescente mobilização e unidade das grandes massas das cidades e dos campos está o proletariado que, como classe do presente, assume a missão histórica de conduzir a marcha da democracia e do progresso de nossa Pátria pelo caminho certo da solução dos problemas da Revolução democrático burguesa que enterrará os restos do feudalismo, eliminará o imenso atraso que nos distancia das grandes nações democráticas e assegurará, de fato, a independência política e econômica pela qual vêm se batendo os patriotas brasileiros desde os meados do século dezoito.
Inclusão | 21/08/2013 |