(1856-1938): Professor de física teórica na Universidade de Königsberg. Autor conhecido de inúmeras obras sobre a teoria do conhecimento, escritas do ponto de vista de um físico. Eclético, Volkmann tornou-se, pouco a pouco, solipsista declarado. Seu “fenomenalismo" é, na verdade, um subjetivismo dos menos equívocos Volkmann vê na matemática o único meio de representar as leis físicas: '‘Que a verdadeira linguagem da física seja a da matemática; o mais é coisa do demônio" (1909): Volkmann passou a desenvolver campanha violenta contra o materialismo, revelou-se como reacionário o chovinista declarado a favor da Igreja protestante contra o “vulgar movimento monista do tempo presente” e, antes de tudo, contra a luta sincera conduzida pelo ilustre químico de Breslau, A. Ladenburg, e por Ernst Haeckel, revelando-se,igualmente, contra o “materialismo pratico" da “propaganda social- democrática" No materialismo, Volkmann não vê senão uma "falta de decoro monista” e um produto do espírito “francês”, ao qual opõe Kant como o portador da ideia do “germanismo”, do “idealismo” (1909): Ativo colaborador dos Annalen der Philosophie, de Hans Vaihinger, o órgão da filosofia “como se” (als ob), que pretende reduzir a ciência, e, em particular, a filosofia e a teoria do conhecimento, a um sistema de ficções, filosofia essa que constitui a mais nova corrente burguesa, em moda, do idealismo em bancarrota. Obra principal: Vorlesungen über die Theorie des Lichtes, (Lições sobre a teoria da luz), 1891 O leitor encontrará uma enumeração dos numerosos artigos e discursos de Volkmann sobre a teoria do conhecimento em Einfühmng in das Studium der theoretischen Physik, (Introdução ao estudo da física teórica), 1913 Volkmann desenvolve mais explicitamente seu ponto de vista filosófico em sua conhecida obra As bases filosóficas das ciências naturais e suas relações com a vida espiritual dos tempos atuais, 1910 O ponto de vista reacionário burguês de classe de Volkmann está expresso da maneira mais nítida em seus dois discursos: As ciências naturais e o monismo, 1909, e A época materialista do século XIX e o movimento fenomenologista-monista dos tempos atuais, 1909.