(1857-1936): Eminente teórico inglês de eugenia; professor de matemática, primeiramente em Cambridge e depois em Galton; professor de eugenia na universidade de Londres, diretor do laboratório de eugenia do University College de Londres, editor do órgão eugenista inglês Biometria e dos arquivos Treasury of Human Inheritance. Acentuado idealista subjetivo, Pearson está de acordo com os mais importantes princípios da economia do pensamento de Mach e, em particular, com os princípios da economia do pensamento e a substituição da explicação dos fenômenos da natureza por sua simples descrição. Pearson é o chefe da chamada corrente biométrica em biologia, que pretende resolver os problemas do desenvolvimento dos organismos por um método matemático complicado e abstrato, com auxilio da estatística e do cálculo das probabilidades, servindo-se de relações de afinidade e estabelecendo formulas hereditárias, especialmente para o homem. Pearson supõe ter criado, com tais métodos, uma base segura para a eugenia, pretendendo obter um “aprimoramento selecionado" do homem nos quadros da sociedade burguesa. O método estreitamente matemático de Pearson chocou-se com a oposição quase unanime dos biólogos, que puseram a descoberto as falhas de seu método puramente matemático e limitaram, de maneira essencial, as possibilidades de aplicação da biometria. Pearson dedicou-se, durante certo tempo, à propaganda de um socialismo reformista e, por volta de 1880, pronunciou, em clubes operários de Londres, conferências sobre Marx e Lassalle. Sua obra mais conhecida é The Grammar of Science, 1892, 3.ª edição em 1911, que contém o seu credo filosófico. Ademais: Chances of Death and other Studies in Evolution, 1898, e Nature and Matter, 1910. Escreveu ainda vários estudos científicos em diversas revistas.