(1905-1992): foi um professor universitário, advogado e político português. Culto e de extraordinária capacidade de trabalho, foi primeiro-ministro do I Governo Provisório (de 16 de Maio a 18 de Julho de 1974). Foi o 11.º bastonário da Ordem dos Advogados Portugueses . Foi grão-mestre do Grande Oriente Lusitano, a principal organização da maçonaria portuguesa. Foi a este advogado de ideias democratas e liberais que o general António de Spínola, nomeado presidente da República, recorreu para chefiar o primeiro governo saído da revolução de 25 de Abril de 1974. O então designado I Governo Provisório tomou posse a 16 de Maio de 1974, sucedendo nas funções governativas à Junta de Salvação Nacional formada no dia da revolução, e teve como ministros personalidades como Mário Soares e Francisco Sá Carneiro, com quem tinha uma relação social de grande empatia e cordialidade. Com ligações a importantes grupos económicos e insuspeito de simpatias de extrema esquerda, grão-mestre do Grande Oriente Lusitano (Maçonaria Portuguesa), tinha o perfil necessário para garantir a respeitabilidade do novo governo nos meios conservadores e internacionais. Mas numa conjuntura política em que a balança da relação de forças se inclinava decididamente para a esquerda, aliás fortemente representada no seio do governo, a sua tarefa não seria fácil. Palma Carlos pediu a sua demissão, levando à queda do I Governo Provisório a 18 de Julho de 1974, apenas 56 dias após a posse.