(1852-1936): Psicólogo e zoólogo inglês. Professor na Universidade de Bristol. Darwinista e evolucionista. Morgan reconhece, de um lado, a objetividade e a realidade do espaço e tempo, da matéria e do movimento, mas, de outro, também sustenta, à maneira da maior parte dos naturalistas ingleses, as pretensões da religião ao conhecimento científico. Em sua obra The interpretation of nature, desenvolve a ideia de que a crença num objetivo geral do universo, manifestando-se em todos os fenômenos da natureza não está em contradição com uma concepção naturalista, isto é, materialista, do mundo, mas. ao contrário, se harmoniza admiravelmente com o “naturalismo’', desde que se admita a hipótese de que o objetivo geral da natureza “é precisamente essa realidade à qual obedece o curso determinado dos fenômenos". Morgan, que se declara abertamente adversário do materialismo, vê a necessidade desse compromisso para assegurar à religião seu direito à existência. Em sua psicologia animal comparada, seu principal setor de atividade, sustenta um limitado ponto de vista antropomorfista segundo o qual só a psicologia do homem proporciona a chave da compreensão da atitude dos animais, comportando-se o homem, em princípio, de maneira diferente do animal. Suas obras contêm, entretanto, inúmeras observações preciosas que muito fizeram progredir a psicologia animal comparada. Obras principais: Animal Life and Intelligence, 1890; Introduction to comparative Psychology, 1894; Animal Behaviour, 1900; O instinto e o habito, 1909; O instinto e a experiencia, 1913.