(1945-1971): Nascida com o nome de Josina Abiatar Muthemba na Província de Inhambane, no sul de Moçambique, durante o período de dominação colonial portuguesa. Em 1958, estudante da escola comercial para secundaristas ela ingressou na resistência. Em 1963 fugiu de Moçambique para se juntar à luta armada de libertação contra o regime colonial português. Em 1965 foi capturada no Zimbabué e ficou presa por vários meses. Ao sair da prisão, conseguiu alcançar a sede da FRELIMO na capital da Tanzânia. Ingressou, então, nas fileiras da Frente de Libertação de Moçambique – FRELIMO. Passou a atuar em atividades de formação para estudantes moçambicanos na Tanzânia, onde estabeleceu relações com Janet Mondlane, a esposa do presidente da FRELIMO, Eduardo Mondlane. Em 1967, a FRELIMO oferece-lhe uma bolsa para estudar na Suiça, que rejeitou por querer viver de perto a luta anti-colonial e se voluntaria para o recém-criado destacamento de mulheres da FRELIMO, criado por Samora Machel neste mesmo ano, passando por formação política e militar para a luta de libertação nacional em Nachingwea. Em 1968 trabalha na defesa e organização de populações de áreas libertadas. Em 1968 torna-se delegada do Segundo Congresso da FRELIMO, e reivindica a inclusão total de mulheres em todos os aspectos da luta de libertação. Em 1969 tornou-se chefe do Departamento de Assuntos Sociais e foi também chefe da Seção da Mulher no Departamento de Relações Exteriores da FRELIMO. Em 1969, aos vinte e quatro anos, casa-se com Samora Machel, com quem teve um filho. No ano seguinte é diagnosticada como portadora de um câncer no fígado que a levou à morte com apenas vinte e seis anos de idade.